
PAULA PIMENTA DE PÁDUA
Brasil . São paulo
Paula Pimenta de Pádua Gonçalves nasceu em Jundiaí, interior de São Paulo, em 1988, onde teve seu primeiro contato com as Artes Plásticas. Neta de artistas plásticos e professores, passou parte da infância nos ateliês dos avós, Athos e Luzia Pimenta de Pádua, e da tia, Juçara Pimenta de Pádua Colagrossi, ajudando no preparo das tintas e dando os primeiros passos no desenho e na pintura. Atua como artista visual, percussionista, arte educadora e produtora cultural.
Em 2006 iniciou sua trajetória criativa na área da moda, cursando Moda e Estilo no Senac. No ano seguinte, ingressou no Bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Belas Artes de São Paulo e passou a atuar como artista visual, produzindo trabalhos de cunho contemporâneo, sobretudo nas linguagens da pintura e da instalação. Em alguns momentos, expandiu suas experimentações para além das galerias, propondo intervenções urbanas em festivais culturais e ações coletivas no espaço público. Sua poética é guiada por um imenso fascínio pela paisagem e pelos seres que a habitam, em uma prática de coletas informações, imagens e sensações de lugares reais, que habitou ou visitou e de outros espaços, visitados em sonhos, visões, trazendo imagens do inconsciente a partir de uma pintura mais intuitiva, que introduz elementos guiados pelas referências científicas e pesquisas históricas e culturais, mas que deixa fluir a construção das formas.
A Paisagem, categoria central da Geografia, é um instrumento de análise que nos auxilia a compreender o espaço a partir de um recorte específico. Ela é definida como tudo aquilo que podemos perceber e interpretar por meio dos sentidos — visão, audição, olfato, tato e paladar — em um determinado lugar. As paisagens se transformam ao longo do tempo e, muitas vezes, reúnem elementos materiais de diferentes épocas e naturezas, sejam eles do campo natural ou do cultural/antrópico. A pesquisa se desdobra em dois caminhos que correm em paralelo. O primeiro parte do corpo, que absorve informações presentes nos elementos naturais e artificiais do ambiente e ressignifica tais experiências na criação de imagens e proposições, alimentando um ciclo contínuo de desdobramentos que entrelaçam memórias individuais e coletivas. O segundo volta-se para a paisagem interna, compreendida como reflexo e reverberação das paisagens vivenciadas, estabelecendo uma ponte entre o externo e o íntimo.
Integrou os ateliês coletivos: PaperBoxLab (2014) e Ateliê Novo (2015) na cidade de São Paulo e o Ateliê Plano em Jundiaí, interior de São Paulo, como artista residente e produtora (2015-2017). Durante a estadia em São Paulo trabalhou como arte educadora em projetos culturais (Fábricas e Cultura, Fundação Casa e Oficineiros) e como assistente da artista visual e professora Geórgia Kyriakakis (2011 a 2016). Em 2015 realizou residência artística no Vermont Studio Center (EUA) e retornou após a viagem a sua cidade natal, colaborando em diversas iniciativas como a Ocupação Cultural Ocupa Colaborativa, em 2016, o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Jundiaí, como titular da Câmara Setorial de Artes Visuais (2016/2018) e o Festival Delas - mulheres na arte, como produtora e curadora (atualmente integra a equipe de comunicação).
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Vermont e Gihon River, 2015
Participou de mostras individuais e coletivas no Brasil e na Itália, algumas como artista, outras também como organizadora, como: Mostra Delas de Artes Visuais 2019 - exposição coletiva integrante da programação do Festival Delas de 2019 com apoio do PROAC Editais. (Março de 2019, Jundiaí). Brecha: danos e certezas Exposição Coletiva coordenada pela Câmara Setorial de Artes Visuais do CMPC Jundiaí, realizada na Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani (Agosto de 2017, Jundiaí, SP) e Entre-meios: Extensões do que separa. Mostra coletiva no Ateliê Plano (Novembro e Dezembro, 2015).
Em 2018 realiza uma exposição individual trazendo uma retrospectiva da sua produção nos últimos 10 anos, intitulada como Coletas de uma paisagem em movimento, selecionada via chamamento para ocupação das galerias do Centro Cultural Jorosil, na cidade de Jundiaí em Dezembro 2018. Neste mesmo ano participa da Virada Feminista Independente com a intervenção urbana, São tantos os silêncios a Romper, criada para integrar a Virada Feminista de Jundiaí em 2018 e Festival Delas em 2019.

Intervenções realizadas nas ruas de Jundiaí (SP - BRA)

Em 2022, após o retorno da cena cultural, participa da exposição coletiva " Brasil sem fronteiras" na Itália, realizada na Galeria La Pigna na cidade de Roma, com curadoria de Sandra Setti e Ligia Tesla.
Na cidade de São Paulo participou de diversas mostras e ações, sendo as principais: Projeto Rizoma - Exposição coletiva de mulheres artistas brasileiras. Realizado em São Paulo (2017) e Minas Gerais (2018), o Projeto Fissura - Intervenção artística em uma casa no Jardins que está aguardando demolição. (Outubro a Dezembro de 2016, São Paulo), a exposição coletiva CorpoRação, produzida pelo projeto ISCREAM (Setembro e Outubro de 2016, São Paulo). E às mostras realizadas no Instituto PaperBoxLab, OPEN BOX Exposição coletiva dos artistas residentes (Maio a Julho, 2015) e Ateliê 106 exposição coletiva dos artistas residentes do ateliê 106 (Novembro de 2014).
